domingo, 26 de dezembro de 2010

Invejo-te a frieza

Invejo a tua frieza,
A maneira como lidas com a dor,
Desligas os sentimentos,
Como um televisor,
Atiras-te a um novo sonho,
Como se o fosse toda a tua vida,
Desistes de ligações passadas,
Sem sofrer qual ferida.
Abandonas todos os que contam contigo,
Num capricho estúpido e infantil,
Queimas fotos e lembranças,
E lidas como se tudo fosse uma história,
Fantasia com final feliz,
Mas que acabou,
E só, só a realidade sobrou!
Receias cometer erros,
Que outros cometeram,
Dando passos para a solidão,
És tu e só tu,
Que crias a tua prisão.
Não serei guarda,
Nem agente condicional,
Estive aqui quando precisaste,
Mas mesmo agora,
Eu não desapareci,
Tenho a minha personalidade,
Agarro-me sempre ao passado,
Sonhos grandes e impossíveis,
E heróis, lideres e ditadores,
Mas no teu beijo vivia o futuro,
E agora nas tuas fotos nada mais que o passado.
Vive uma boa época,
Que marcava a nossa diferença,
Adorar a hipocrisia e abundância,
E dizer que é época de alegria!
Feliz natal!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Desistir

Já nada temo,
Na alvorada fria e nebulosa,
Acabou o sonho,
Do regresso ao reinado de D. Sebastião.
Entrego as armas,
Levanto as mãos bem alto,
Vibra o pano branco,
Da derrota, da minha rendição.
Foi-se a confiança,
Expirou-se a esperança,
Chegou ao fim a tempestade,
Sem resido de bonança.
Entrego-me às massas,
Que deixaram de lutar,
Por um país,
Que quis, que é meu lar.
Por onde olhe vejo desespero,
Fome e pobreza,
Nem a mais jovem das crianças,
Tem o sonho da riqueza.
Canudos ao ar,
Festejem pela alvorada,
Licenciados por empregar,
Recebem o rendimento mínimo,
Pois receiam arriscar.
Ouve-se nas rádios e telejornais:
“CRISE SEM PRECEDENTES”
Enquanto se vê as manchetes,
Referentes aos presidentes:
“POLÍTICOS LUTAM CONTRA A CRISE,
NO SEU MEGA-JANTAR”.
Como me pode alguém, pedir para lutar
Por este país acabado,
Outrora império temido,
Em lendas refugiado!?

Peço a todos, que como eu,
Desistiram de tentar,
Protejamos o nosso país amado,
Que à beira mar plantado,
Se resignou ao seu triste fado.
O destino é nosso,
A sua história também,
Pois o povo é maior,
Do que quem ocupa o palácio de Belém!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O jogo da vida

Já me vi perdido,
Com medo de avançar,
Pensando com receio,
Com medo de despertar.
Fechar os olhos e ver,
Como o meu mundo ficou acabado,
Chorar por ti,
Pelo tempo já passado.
Conto mitos para me fazer ouvir,
Que me adoras,
Por não querer desistir.
Tiveste medo de falhar,
E quando preciso,
Já não estás aqui para me apoiar.
A vida pode ser um jogo,
ruim e arriscado,
Mas joga-lo será
sempre melhor que estar parado.
Agora viajo no meu íntimo,
E descubro que não sou teu,
Eras o meu porto de abrigo,
Mas o capitão sou eu.
Abro os olhos,
Levanto-me e estou pronto para arriscar,
Jogar este jogo,
Com vontade de triunfar.
Novos objectivos para superar,
Jogar com alma e vontade,
Sem medo de sentir saudade.
Risco do teu quadro,
O meu futuro,
Ambos sabemos que estava traçado,
Ambos enfrentamos um mundo duro.
Envolvo-me nos meus poemas,
Para contar histórias que eu escondia,
tardes passadas a cantar diversos temas,
Tu a minha musa e alegria.
Os medos que tenho,
Estão aqui revelados,
Todos os meus actos,
Aqui repensados.
Viajo pelo mundo,
Num tapete de ilusões,
Escrevo versos tristes,
Que originam canções.
Agora que me soltei deste peso,
Responde-me às questões,
Já revelei o meu segredo,
Justifica-me as tuas acções.

domingo, 7 de novembro de 2010

Comboio

Aguardo um comboio,
Que teima em chegar,
Numa estação deserta
um mundo inteiro por explorar.
Alto vejo de relance a luz,
De um sol que partiu,
Reflectido num ponto branco,
que com a escuridão se fundiu.
Betão sobre Pedra,
Pedra sobre Betão,
Breve é a história,
Sobre o comboio
que nunca abandonou a estação!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Medo

Prefiro liberdade, meu amor à paz,
Sangue nas mãos,
A glória e a honra.

Mas no medo tenho o meu mais forte oponente,
E fraco e débil, deixo
Que a vida por mim passe,
Falhando na mudança.

Temam aquele, que mais nada tem a perder,
Por vitorioso ou derrotado,
O seu fim será lutar até morrer.

Cada chegada do Outono
Quebro como uma folha,
Caiu da árvore de ilusão
E de novo luto por ser,
De novo meu único dono.

Nada, salvo o vazia indiferença,
E confiança fraca,
A verdadeira sentença.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mentira da palavra

Quem quero tentar enganar?
Quando lhe toco,
É em ti que estou a pensar.
Quando as roupas caem,
O mistério desaparece,
É o seu corpo que desejo,
Mas é de ti,
Que o coração padece.
O teu olhar,
De um negro profundo,
Apaga o seu olhar,
E revela a escuridão do meu mundo.

O vazio ficou cá
tornou-se parte de mim.

Envolvo-me em teias,
Que nunca desejei criar,
Mentiras nas palavras,
por vezes
sem sequer prenunciar.

Mesmo com ela,
Só te sinto a ti,
Perco-me na ruela,
No beco sem saída,
O passado à entrada,
O fim da minha VIDA.

No momento digo-lhe,
«É a loucura que me leva aqui,
Beijar teus lábios,
Desejar o teu corpo»
Mas no lugar do meu coração,
Tem um órgão oco.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sem destino - capitulo VII "Floresta das almas"

Perdido no meio da floresta não sabia mais o que fazer, Joana sempre me dissera que é no escuro que se descobrem os verdadeiros medos, mas ali em pleno dia, apesar de as árvores se estenderem para bem longe do meu campo de visão e bastante acima da minha cabeça, eu descobri que não era bem assim. Os meus amigos estavam desaparecidos, a “reencarnação” de Joana estava feita prisioneira e eu estava acompanhado unicamente da primeira criatura que me tinha tentado matar e por momentos quase o conseguira. Agora essa mesma criatura era a minha única esperança de encontrar o caminho de regresso para fora desta terrível floresta, mas nem mesmo ele sabia onde estávamos, nem para que lado ir. Em pequeno tinha aprendido métodos de sobrevivência, como guiar-me pelas estrelas durante a noite ou descobrir o norte através do musgo nos trocos das arvores, mas aqui em Ometra de nada isso me servia, mesmo que desse para ver os céus durante a noite, Ometra unicamente continha 12 estrelas, representativas das 12 guerras perdidas e toda elas giravam constantemente, seria mais eternas estrelas cadentes que constelações propriamente ditas e como tal não tinham lugar fixo no céu e o mais próximo de musgo que detectava nas arvores era uma substância que em tudo se assemelhava a chocolate branco, inclusive no cheiro, apesar de unicamente crescer de um lado da arvore cada arvore o tinha de um lado diferente.

Arthye estava sentado em cima de um pequeno rochedo, com o punhal de osso-de-dragão na mão esquerda e um pau com 1/3 do tamanho do seu pulso.

-Fidelius, artimus, suprimyr, arfit – murmurou.

-Ó Arthye, isso é o que? - Sem esperar por resposta, recordei-lhe do episodio que nos tinha levado aquela floresta em pleno fim do mundo - A última tentativa que fizeste valeu-nos quase ser o pequeno-almoço de Myrpor, não é que não confie em ti – e não o faço – mas julgo que será melhor deixar-mos a velha religião em paz e guiarmo-nos pelo instinto!?

-Eu vou deixar isto bem claro, para evitar mais confusões U, eu não quero estar aqui contigo, eu não te quero proteger, eu não te quero em Ometra e eu não acredito que tu sejas o cavaleiro do dragão de que fala a profecia, mas enquanto ajuramentado de sangue da guarda do grande ancião, sou obrigado a faze-lo e apesar de não te poder matar, nem deixar que te matem, tal juramento não me impede de te deixar bastante ferido – Disse saltando para uma rocha mais elevada de cor âmbar, o pau que anteriormente estava na sua mão desaparecera, dando lugar a um arco e uma flecha, ambos tão verdes como os olhos de Arthye – Agora cala-te e deixa-me arranjar o almoço – dito isso disparou em direcção ao céu – Suprimyr, gurwwer, marthqer, bcter.

Passados pouco mais de 5 minutos um animal pouco maior que um ganso adulto caiu do céu aos meus pés com a flecha a transformar-se num punhal, o mesmo punhal que minutos antes estava nas mãos de Arthye só então reparei que também o punhal tinha desaparecido. Arthye já se tinha debruçado sobre o animal e começara a retalhar a carcaça.

- Na velha religião nada se perde, tudo se transforma – disse ao reparar na minha cara surpresa – para salvar uma vida outra tem de ser dada, nem todas as vidas podem ser resgatadas após o seu fim. Existem três grandes regras. – Nisso começou a enumera-las com os dedos – A primeira regra é que “Uma vida perdida para a escuridão só pode ser resgatada com o brilho de outra vida”, isso significa que para resgatares alguém que tenha morrido terás de sacrificar outra vida em troca. A segunda regra é que “O fim chega a todos para que o inicio de outros também chegue”, esta aplica-se a vocês humanos.

- Tal como se sucedeu a Joana logo após a sua morte, certo? – Disse antes de permitir que ele termina-se, algo que o irritou visivelmente.

- Sim, é o caso da minha irmã. – Disse com bastante ressentimento presente na sua voz e postura – E a terceira regra dita que “Qualquer ligação de sangue e de alma sobre pretexto algum pode ser quebrado” , e é essa a razão pela qual tu e a minha irmã se entenderam tão rapidamente. – Notou-se que isso o deixava bastante incomodado.

O resto do dia foi passado num silêncio algo constrangedor enquanto caminhávamos na mesma direcção desde o inicio da nossa aventura. Perto do anoitecer Arthye pousou a sua mochila no chão:

-Acampamos aqui esta noite, esta floresta não deve ser incomodada após o anoitecer, é a floresta das almas e qualquer perturbação terá o seu pagamento.

Comemos algo que se assemelhava bastante a uma perna de peru, mas que sabia a marisco, ainda do mesmo animal que Arthye capturara para o almoço. Dissera-me que o animal era chamado a “Dádiva da vida”, porque a sua carne fornecia todos os nutrientes necessários à sobrevivência de Ometra:

- As duas cabeças significação o passado e o futuro, o seu corpo significa o presente, no mesmo se encontram aos três corações, um para cada amor que um ser tem, amor pela família, amor pela sua terra e amor pelo seu espírito, a perna e pata significa o caminho, por ser a parte do corpo que mais se aproxima da terra, terra que nos viu nascer, terra que nos fez morrer e terra que nos consumirá, permitindo novos nascimentos – dissera – novamente a segunda regras da velha religião.

Os 8 dias seguintes foram passados sempre na mesma rotina, caminhar, dormir, caminhar, dormir. Nunca senti mais medo do que aqui, não propriamente pelo lugar em si e já nem tanto pela companhia, mas sim pelo que me esperava após esta densa floresta. Não sabia, nem imaginava o que seria, já vira tanto nestes últimos 5 meses em Ometra, tudo o que aprenderá na terra estava a mostrar-se no mínimo inútil. Pedro e Aguiar tinham ambos desaparecido e a “reencarnação” de Joana capturada por uma força que nem mesmo o grande Ancião ouvira falar, tirando a passagem do maldito livro. Ter de enfrentar o desconhecido por vezes pode mostrar-se mais complicado do que lutar contra um exercito, afinal de contas, o medo corta mais afiado que a lamina e não é necessário ser um verdadeiro génio militar para saber que um punhal encostado às costas por um desconhecido é de longe mais perigoso do que a espada brandida por um inimigo. Ao nono dia, muito perto do seu fim conseguimos vislumbrar ao longe uma estrutura que em muito se assemelhava aos castelos na terra, era um forte em forma de pentágono com muralhas com cerca de 30 metros de altura e cinco torres na muralha que se erguiam 40 metros acima da muralha. Ao centro uma torre toda construída com pedras roxas elevava-se ainda uns 5 metros acima das restantes.

- Eu julgo que conheço este forte – Disse, vasculhando o interior da minha mochila e retirando de lá um livro intitulado “Os fortes do Rei Guwien I, o protector” e folheando o mesmo – Ahah, encontrei, olha para esta passagem, «Após o ataque das forças do Rei da escuridão, o então príncipe Guwien I, filho do Rei Gonçalo Bartheon e da Rainha Ângela Bartheon sugeriu a criação de 10 fortes para assinalar os locais das derrotas contra a escuridão. Esses fortes deveriam ter o formato da mesa do senado das respectivas épocas, de forma a mostrar que a força do povo de Ometra seria sempre superior à força da escuridão independentemente das batalhas. (…) Reza porém a lenda de que, após a sua coroação e com o intuito de proteger o seu povo contra possíveis ataques dos filhos da escuridão, Guwien I terá negociado a construção com restantes 4 reis de um décimo primeiro forte, essa deveria ser construído em plena floresta das almas e mantida em segredo absoluto. O forte da protecção – assim chamado pela sua função – serviria como observatório e teria o formato de um pentágono sendo que em cada ponto estaria uma torre virada para cada um dos reinos. Esse forte não deveria nunca possibilitar a entrada de qualquer tipo de arma e unicamente o cavaleiro do dragão da profecia poderia activar o seu poder. Sobre esse poder oculto nada existe em concreto, mas durante diversos anos vários historiadores juraram sobre a sua campa que tal forte permitia a acessão dos antigos guerreiros dragão criando assim um exercito que destruiria para todo o sempre a escuridão (…) »

Perdido na floresta

Perdi-me na floresta,
Onde o espírito percorre condicionado,
Árvores erguem-se acima do ser,
Coração destroçado.
Caminhos submersos,
Em pensamentos audazes,
Ser submisso,
Por corpos capazes.
Enleio-me nos mantos,
De ferozes feras animais,
Sonho beijar-te de novo,
Satisfazer os meus desejos carnais.
O teu vulto suado,
Transpirado de exitação,
Os teus volumosos seios,
A fonte da minha satisfação.
Quero ardentemente,
Sentir o teu toque em mim,
Escrevo poesias em versos,
Numa esperança sem fim.
Perdi-me nessa floresta,
Onde os teus cabelos se enleiam,
Pensamento carnal,
Onde agora outros se deitam.
Como posso simplesmente odiar,
E fazer um simples gracejo,
De quem outrora jurei amar?
De quem me deu, o mais suculento beijo.

Vi o nosso fim,
Anunciado nas estrelas,
O teu cheiro a desvanecer,
A espada sobre a qual,
O nosso amor vai morrer!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Versos de perdão

Ondula ao sabor do vento,
Como uma doce melodia,
transmite a seu tempo,
Um fino fio de sabedoria.
Vê-la a meu lado,
com os cabelos soltos, a sorrir,
é como um calmo mas lindo lago,
Onde não posso submergir.
Caminho sobre areia,
Deslocado, inseguro,
De medo a alma cheia,
Pela imposição do muro!

Nega livremente,
A nada te quero forçar,
mas quanto mais o tempo passa,
mais difícil é perdoar.
"Deus perdoa, mas eu não",
Seria máxima a agarrar,
Mas sempre que te agarro a mão,
Não desejo mais soltar,
Mas sim dar-te o perdão!

Sou consumido,
Por pensamentos e devaneios,
Um fato de força trago vestido,
E sou directo, sem rodeios,
Livros queimados,
Versos proibidos,
Amigos sacrificados,
Por gestos perdidos.
Ajoelhada suplicas,
Por um perdão que nunca terás!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desabafo

O "meu" mês tá quase a findar e com ele diversas decisões. Ganhei amizades, e perdi também uma. Tornei-me oficialmente adulto em todo o mundo (21 anos), tomei decisões em relação ao meu futuro próximo (2011). Mas mais importante que tudo, fui honesto para comigo e para com aqueles de quem gosto. Para o ano espero mais do mesmo, mas com todos solavancos da vida, que existam muitos baixos, pois também existiram muitos altos e cada momento que passa e as minhas amizades (e até as inamizades) se acentuam mais eu vou cumprindo as minhas promessas e os meus objectivos! Obrigado aos que estão do meu lado, pelo apoio e as "criticas" necessárias, Obrigado aos que não me curtem nem um pouco, porque neles vejo que tenho os meus defeitos. Mas sobretudo e apesar das merdas todas obrigado ao grupinho que me acompanha diariamente. Sérgio, Gaudêncio, Ricardo, António, Andreia, Ricardo, Nuno, porque é com vocês que eu deito td para fora, são vocês que me criticam e quando preciso sei que posso contar com vocês. Obrigado, Semper Fidelis (Latim para "Sempre fieis").

Olha-me nos olhos

Olhas-me nos olhos,
Dizes-me que não me queres.
Negas...
... mas quando te toco sucumbes,
Ao mais elementar dos prazeres.
Para que negas?
E a quem o negas?
Quando nos teus doces olhos,
Castanhos como o outono,
Vejo ardente fogo,
Alimentado pelo nosso beijo.
Cada movimento te dá,
Mais e mais desejo,
Enquanto negas.

Olha-me nos olhos,
Diz-me que acabou,
Amizade não passa de um sonho,
E esse barco já zarpou.
Não consegues,
Mas tanto tentas,
Que desesperas,
Enfrentas as tuas feras,
mas não me deixas de amar.

Fui fraco e cobarde,
Pois permiti que te afastasses,
Mas ainda hoje aguardo,
O regresso da promessa,
Pois estou-te marcado,
na alma e no coração,
E nem mil desgostos,
Destroem essa união!

sábado, 18 de setembro de 2010

Perdoada

Quero juntar num só momento,
A doce brisa do mar,
Com o teu mais nobre pensamento,
E a minha vontade de perdoar,
Não culpo nem responsabilizo,
Quem já pecou,
Quem falha nas palavras,
E de um momento para o outro
simplesmente mudou.
Mas tu foste mais,
Fizeste e quiseste
também tu acreditar,
Que apesar do passado,
Existia mais em que confiar.

Mas como "o vento,
Que tudo levou",
também retalhado
O futuro findou,
Velhas promessas,
Foram quebradas em semanas,
Julgo-te pela frase,
Em que me dizes amar,
Essa mesma frase
que um dia tentaste negar.

Vincada ficou para sempre na minha mente,
Pois até a mais fraca das pessoas sente,
Que nada finda num segundo,
Mas tudo num segundo se esquece,
E quem quer hoje, quer para sempre,
Será a carta que a minha alma pede,
E que ao coração aquece!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Paro e inspiro, paro e expiro....

Paro e inspiro,
O teu doce cheiro a verão,
Acabou por fim,
Não és mais o meu chão.
Tento ser para sempre,
O que sempre quis,
Mas paro e expiro,
E salto alto.

Não quero mais brincar de amar
mostrar muito e ter pouco,
Ser tudo e sentir nada,
Quero alcançar,
A paz pessoal, tanto cobiçada.
Mas amanhã de novo me ergo,
E confiante avanço,
E com alma me emprego
para ser um todo completo.
Mas olho para dentro,
E com um vazio me deparo.

Não me deprime saber,
Que sou incapaz de esquecer,
Mas tira-me confiança não poder,
Sorrir por querer.

Tenho receio de arriscar,
Largar tudo e avançar,
Tenho medo de começar,
Sem saber onde vou parar,
Quem nada tem
nada pode perder.

Abatido com um alvo,
Desfeito em mil pedaços separados,
Sonho ser novamente altivo,
E realizar feitos outrora sonhados!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Forte e única canção

Vivo o momento como único, singular,
Sem qualquer pensamento sombrio,
E sem agasalho sinto o frio,
E a alma a aclamar.
Revives na noite, escura e acompanhada,
Pela lua, forte luz do coração,
Junto com a tua guitarra compões,
Forte e única canção.

Algemando a uma crença,
Forçado a reconhecer, ceder de novo,
Vive o momento como um ovo,
Frágil, que já mais irá crescer!
Se tive amor? Já não sei se vive,
Quem ontem fui, já hoje não existe,
Ouve a musica para ti composta,
Pois hoje só tens o que pediste!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não deixaste nada

Revejo nos teus olhos o
que queres de mim,
Podes ver nos meus olhos
que já te esqueci.
Passei noites deitado
Só pensando em ti,
Tu nos braços de alguém,
Sem te recordares de mim.
Nunca tentes te desculpar,
Pois eu nunca vou
conseguir mais te olhar.
Agora quando pensas em mim,
O que ves?,
Ves o que a tua traição,
Me fez!

Pois agora, é a tua vez de chorar,
Dê por onde der
Eu quero continuar.
E posso prometer,
Nunca vou apagar
O facto de te perder.

Pois eu sei,
Que aos teus olhos
eu fui o futuro,
Mas que quebraste
e entre nós construíste um muro.

Não vale mais palavras,
Eu ficar a recorda-las,
Agora que fizeste a merda,
Podes recolher as tuas malas,
Segui o coração
continuei na balada,
A minha mente, a minha ida,
Não ficou cá nada.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Volta atras

Descreves um só movimento,
Suficiente para me aquecer,
Luto contra o esquecimento,
E o medo de te perder.
Nos teus lábios,
Encontro o paraíso,
Que aspiro,
mas não tenho.

Vem mexer com a neve,
Que cobre o chão,
Ter aquilo que ninguém teve,
Ter o momento de inspiração.
Mas tudo fica no momento,
Em que mais não fui capaz,
Mas agora estarei atento,
Não vá o tempo,
Voltar atrás!

domingo, 22 de agosto de 2010

Ergue-te e luta cavaleiro

Luta bravo cavaleiro,
Por um destino só teu,
Enfrentado o dragão,
Numa época distante.
Em que a honra fazia o campeão,
Luta bravemente o cavaleiro,
Pelo seu reino.

Reina distante o rei,
Do sofrimento do povo,
Humilha-se por pão,
Rebaixa-se e acumula,
Uma raiva silenciosa,
Suplicante por socorro,
Vontade escrupulosa,
Com a força de um touro.

Entra avante cavaleiro,
Nesse quadro mal pintado,
E com a habilidade dum carpinteiro,
Liberta o povo prisioneiro,
E dita-lhes um novo fado.
Saúde e coragem,
Numa só voz,
Força e camaradagem,
Neste país dos nossos avós.

Ergue-te cavaleiro,
e caminha de queixo levantado,
Pois hoje somos nós o povo,
E escrevemos o nosso próprio fado.
Dita ao povo o novo fado

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Teorias

Ajoelho-me aos pés da cama,
Calmamente, levo o meu tempo,
Peço saúde e coragem,
Peço força para aquele momento.
Mais um dia foi lançado,
No tabuleiro de uma criança.
Que outra razão poderia ter,
Para tombar assim a balança?
A fertil imaginação,
E os medos terriveis,
Porque ser adulto?
E esperar uma morte calma?
Quando fui criança alegre,
Procurava unicamente brincar com alma.
Não censuro, mas critico,
pois também sou criticado,
Procuro ser feliz,
E não, mais um coitado.
Tenho na minha mente,
Fortes teorias formadas,
Que embora falsas,
me ajudam a construir estradas,
Caminhos para a infância,
Onde fui rodeado,
Pel'aquela certeza:
"A imaginação era o cavaleiro,
E o futuro, a princesa!"
Terminada a oração,
Ergo-me confiante,
Luto com o coração,
Que procura ser amante!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Perdidos na imensidão

Tenho saudades do teu toque,
Do teu doce sabor,
Desse teu humor,
Que me levantava a moral.
Não passava de uma criança,
Quando estava contigo,
Ser livre e sem preocupação,
Quando juntos,
Só seguia a voz do coração,
A doce e nobre vontade,
Associada a este enorme desejo,
Tornando em mera saudade,
Do sabor do teu beijo.

Amizades e paixões,
Não completam o ser,
O forte batoque dos corações,
De quem queria ter.
Seres minha e só minha,
Não foi uma miragem,
Mesmo sem controlo sobre o tempo,
Já foi realizada a viagem.
Perdidos na imensidão,
Da realidade atingida,
Levamos em consideração,
A distância percorrida.

Duas promessas foram feitas,
Mas apenas uma cumprida,
Levado pela vontade,
De sarar a ferida,
Já não te quero hoje,
Apesar de tanta saudade,
Após as feridas saradas,
Estou pronto por fim...
... posso percorrer novas estradas!

sábado, 24 de julho de 2010

Demónio taciturno

Ó coração abafado,
Que me levou um dia,
Ao ponto extremo da alegria,
Que se escreve num fado.

O que foi que aconteceu,
Para um dia te perderes,
Amaldiçoa quem quiseres,
Nesse pedido teu.

Escondo-me num cantinho,
Num movimento suave,
Que numa nota grave,
Se escreve o corridinho.

Tudo era para ser eterno,
Era esse o meu desejo,
Mas sem um último beijo,
Fui do céu ao inferno!

Meu amor,
Onde foi que nos perdemos,
E o que dizemos,
A quem hoje, só nota dor!

Mil melodias ouço,
Para tentar esquecer,
Mas, com o medo de perder,
Luto sem esforço!

Todo o caso diurno,
Nas berma de um café,
Perece a fé,
De um demónio taciturno.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tuga Orgulhoso

Sou livre de dizer,
Tudo o que penso,
Alcançar tudo o que quero,
Sou livre de ser,
Escritor de epopeias,
Sou livre de me juntar,
Às tropas europeias!

A liberdade de ser feliz,
A capacidade de ser alguém,
Força e vontade,
De viajar até Belém!
Sou Tuga orgulhoso,
Apoiante contestado da selecção,
Critico abertamente,
A chefia da nossa nação!

Dá-me a liberdade,
De te tocar,
Agarrar-te nos meus braços,
E beijar.
Não sou mais que outros,
Nem menos que alguém,
Sou Tuga orgulhoso,
E não devo nada a ninguém!

Ser nação livre,
De criar e explorar,
Ser novamente o explorador,
Conquistador de impérios,
Mais uma vez,
Superar critérios!

Nunca na verdade,
Se viu tal nação,
Ser português com garra,
E amantes com coração.
Sou livre,
Por isso dá-me a liberdade,
E se um dia longe,
Teremos a palavra Tuga,
Saudade!

Não quero deixar nada por contar,
Não quero quebrar amizades,
Ou outras nações criticar,
Estou cá para as subidas,
E lá para as descidas,
Dá-me a liberdade,
E de longe soaram os gritos,
De alegria e saudade,
Porque sou Tuga Orgulhoso,
Membro activo da comunidade!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O porquê de amar

Lábios com sabor a mel,
Da tua beleza natural,
Que inspirou Da Vinci com o pincel,
A pintar tal beleza fatal.

O tom claro da tua pele,
Reflectindo o brilho do luar,
Deitados sobre a relva,
Mostra-me o significado de amar.

Deixa-me ser o teu herói,
O teu galã de Hollywood,
Ser tão sábio como David,
E tão amado como Robin Hood!.

Após quebrado o último obstáculo,
Posso por fim suspirar,
Com o teu amplo sorriso,
Relembras-me o porquê de amar.

Por vezes um breve olhar,
Pode conter toda a verdade,
Pois antes do sentimento "amar",
Existe um carinho, uma amizade.

E se percorro este caminho,
A teu lado, sem nada pedir,
É porque sei que no fim,
Terei sempre razão para sorrir!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sonho de Infância

Sonho de ser bombeiro,
Soldado da liberdade,
Dos anjos o primeiro,
Desde tenra idade!
Professor de uma escola,
Director de um museu,
Futebolista profissional,
Mas então cresceu!

Sonhos de infância,
estragados pela realidade,
Uma vida condicionada,
Pelas obrigações na sociedade!
Indecisão para o futuro,
Caminhar ou correr,
Tentar fazer de tudo,
Mas acabar por falecer!

Padecemos ao mais breve dos instintos,
Sobrevivemos ao ser quebrado,
Amor grande e caloroso,
O desejo de ser amado.
Desde pequeno o sonho,
Adorado pelas massas,
Como poeta enfadonho,
Proclamando poesia nas praças!

Glória da infância,
Dos sonhos de outrora,
Mas quem nunca sonhou,
Ser um conquistador de glória.
Velhos tempos, antigos,
Templos por explorar,
Lutar contra um dragão,
E princesas para salvar.

Quando arrasados,
Pelo tornado da paixão,
Deixamos a infância de lado,
Para - cegamente - seguir o coração.
Tudo isso com o passar dos anos,
Nos deixa nostálgicos,
Da magia do sonho,
De ter poder mágicos!

Agarramos a mãe,
Ao vê-la lentamente a padecer,
Perguntamos "PORQUE?" a Deus,
Quando vemos gente amada a sofrer.
Refugio na infância,
Criamos o nosso mundo feliz,
Só tu e eu,
E a infância será o nosso país!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Porcelana

Perdoa-me senão estou ao pé de ti,
Perdoa-me se te abandonei,
Mas não aguentei a pressão,
Por isso te deixei.
Nunca te quis magoar,
E por isso sinto uma forte dor,
Mas irei-te sempre amar,
Irei-te sempre tratar com amor!
Leias a poesia que leres,
A fala que escutares,
Estou sempre a pensar em ti,
Mesmo que não dei-a ares!

Sei que fui fraco,
E como fraco quebrei,
Na minha mente fui honesto,
Mas para ao meu coração falhei,
Terei pecado por escassez,
Apesar de todos os presentes,
Acabei com tudo o que tínhamos,
Não pensei nos precedentes!

Contudo hoje dizes-te feliz,
E isso é tudo para mim,
Desejo-te a vida,
A alma e a razão,
Leva sempre erguida,
A vontade do Coração.
Serás minha amiga,
Minha irmã,
Nunca deixarás de ser para mim,
A minha amante,
Por mais distante!

Hoje penso em ti com todo o carinho,
Mas devo-te um pedido de desculpas,
Fui adolescente, fui infantil,
Assumo todas as culpas,
E admito que fui imbecil.
Quero a tua amizade,
E tudo o que ela representa,
Quero poder saber que se chorar,
Poderei o fazer na tua presença!

Obrigado minha porcelana,
Agora sabes que este foi para ti,
Porque foste a minha primeira,
A primeira a quem sorri.
Já não voltaremos a ter,
Aquele amor adolescente,
Mas fico feliz por saber,
Que cresces-te contente!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cupido

És anjo rosa e arqueiro experiente!
És o mensageiro do amor,
Mas disparas aleatoriamente,
Não procuras quem aguente a dor,
De um fogo surgido interiormente!
És o culpado da causa perdida,
A imagem do amor eterno,
És causa da velha ferida,
Retratada pelo poeta romântico,
És criação da loucura desmedida,
És perdão que atravessa o Atlântico!
És culpa da perda,
De alguém que não nos é nada,
És o grande porta-voz.
Da nossa causa desenfreada!
Uma e outra vez insistes,
Em fazer de mim um alvo,
Disparas com toda a calma contra mim,
E não vês, na dor um entravo.
Prometes-me mundos sem fim,
Nos braços dela cobertos,
Pelo mais suave manto de cetim,
Mas gozas com os momentos,
Em que lhe digo "amo-te",
Parece que uma explosão ocorre,
No fundo do meu ser,
E a poesia corre,
Sem destino, sem saber.
Levas-me a ultrapassar as barreiras mais básicas,
Linguísticas ou culturais,
Só para esbarrar,
Contra momentos estruturais!
Eu culpo-te a ti,
Por todo o sofrimento que passei,
Mas adoro-te como anjo,
Por todo o amor sentido,
Embora goste de pensar com cabeça e coração,
A tua seta faz-me escolher um partido,
E com o coração falo,
"Amo-te",
E então serei para ela,
O seu príncipe a cavalo!

sábado, 1 de maio de 2010

Nós

Tocaste-me na alma com o prestigio da tua canção,
Inspiraste-me o dia, a noite e a alvorada,
Devolveste a calma aclamada pelo coração,
Tudo isso no sabor dos teus lábios!
Hoje reconheço o que perdi no passado,
Reconheço que te quero no presente,
Preparo um futuro em conjunto,
Fortaleço a tua doce imagem na minha mente!

Procuro criar a música do amanhã,
Com os pensamentos presos nos passados próximos,
Mas distrai-me com os pequenos movimentos,
Aquando do teu corpo nos momentos máximos!
As covinhas da tua face morena,
Aquando do riso livre e espontâneo,
Com um brilho forte e alegre,
Das nossas frases em simultâneo!

Convivendo diariamente com terceiros,
Sempre à espera da hora tão aguardada,
Desejar constantemente pelos primeiros,
Aqueles doces momentos da alvorada!
Na doca, na praia ou à mesa,
Abraçados como se não nos víssemos à dias,
Sempre ponderando sobre a próxima proeza,
Que este amor realizará,
E se nos dará muitas mais alegrias!

Temos ambos a nossa história pessoal,
Com amores antigos e alegrias passadas,
Momentos em que já fomos um verdadeiro animal,
Mas tudo se resume ao presente!
Agora passamos dias a sonhar com o que ainda vem,
Porque este mundo é único mas duro,
Noites acordados, nunca menos,
Mas nós... seremos o seu futuro.

Deixo-te aqui um pedido saliente:
"Aguenta o meu passado que aguentarei o teu,
Vive este amor como base do teu presente,
Programa o teu futuro como nosso, nunca como meu,
E vive feliz e sorridente a todo o momento,
Por mais que pareça impossível esta história,
Lembra-te que terás de passar pelo campo de batalha para receber a glória!"

sábado, 24 de abril de 2010

História

É nas falhas que se vê a verdade,
Da vida retalhada em pedaços,
Nunca nas virtudes se verá,
Mais do que a minha história em maços!

Promessas compridas na dificuldade,
Recusas realizadas perante a tentação,
Procura suspensa pela felicidade,
Eu e tu, numa só canção!

Hoje sei porque te quis,
A necessidade de companhia,
O porque de me apaixonar,
A diferença entre solidão e alegria!

Não te quero esquecer,
Nem rescrever a minha história,
Se isso significar te perder,
Não quero tal vitória!

Mas como um conto de fadas,
Acabou a história sem princesa ou vilão,
Sem batalhas com espadas,
Mas com uma seta no coração!

Após a actuação do cupido,
Pode uma nova história começar,
Porque com ou sem magia,
Existe a realidade para enfrentar!

E agora que tudo começou,
Sem objectivo definido,
Como qualquer guerra,
A amizade será o meu abrigo!

domingo, 4 de abril de 2010

Pobreza

Somos uma forte nação,
Com muito historial,
Agora peço dedicação,
Para este tema fulcral.

Todos os dias somos confrontados,
Com uma realidade diferente,
Humanos sem comida ou água,
E os nossos governos indiferentes!

No telejornal passa mais um caso,
De morte devido a pobreza,
Mas os nossos deputados,
Têm sempre faisão sobre a mesa!

Tocam no assunto,
Porque é o máximo que conseguem fazer,
Dizem ao povo esgotado:
"Temos de sobreviver".

Pergunto a todos esses políticos,
Quantos de vocês dormiram ao relento?
Sem um tecto para a chuva,
Ou um tecido para proteger do vento?

Outrora alguém disse,
"A pobreza irá sempre existir".
E eu pergunto:
Não a conseguiremos extinguir?

Mas a culpa não é só dos políticos,
Ao contrario do que nos fazem crer,
A culpa é da nossa educação,
Que nos demonstra a ganância ao crescer.

Na realidade somos todos culpados!
Peço que demonstrem o nosso espírito Português,
Recebam a todos os emigrantes,
Como fizemos ao Inglês.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Sem Destino - Capitulo 1 - Mais um dia - PARTE III

Cheguei ao tribunal faltavam 20 para as 9h, tive de apanhar o autocarro pois a minha namorada tinha levado o carro para o trabalho, Joana era educadora de infância, tinha-a conhecido por “azar”, digamos que nunca se deve chamar “filho –duma-leitoa” a um motoqueiro com possivelmente o dobro do nosso tamanho e quase certamente o triplo do peso; Levei o tareão da minha vida - mas conheci a minha namorada à custa disso e até hoje estou feliz com esse facto! Só me recordei de ter acordado no hospital rodeado de raparigas, algo que teria sido extremamente agradavel, não fosse a enfermeira me ter injectado alguma especie de líquido semi-transparente e eu ter perdido novamente os sentidos. Quando despertei novamente apenas uma das anteriores raparigas se encontrava lá:

- OI, como te sentes? – Perguntou com um ar verdadeiramente preocupado.

-Ahhhh… - Tentei inutilmente falar, passei os dedos cobertos de ligaduras pelos lábios, soltei um gemido de dor – teria saido um palavrão se conseguise falar – tinha os lábios com o dobro do seu real tamanho e o de baixo conseguia senti-lo rebentado e saborear o sangue ao percorre-lo com a língua.

- Calma rapaz, eu vou avisar a enfermeira que já acordas-te – Disse levantando-se apresadamente.

Passado uma fracção de segundos reapareceu acompanhada de uma enfermeira com cerca de 1m60, cabelo ondulado castanho claro com um corte bastante prático a dar-lhe pelos cotovelos, olhos azuis bem abertos, olhar maternal e uma feições alegres, apesar da obvia preocupação estampada no rosto:

- Oi filho, como te sentes? – Tentei responder-lhe mas da minha boca só voltou a sair o mesmo “ahhhh…” – É normal não conseguires falar, descança, se precisares de algo basta carregares nesse botão ao teu lado direito – Disse apontado para um botão vermelho do tamanho de uma bola de golfe – E bem que podes agradecer à minha filha e às amigas por estares vivo, senão tivesse ligado para o 112 assim que te viu, o mais certo seria nunca chegarmos s ter esta conversa.

Olhei para o meu anjo da guarda com cabelos loiros como ouro, cabelo longo, olhos azuis com cerca de 1m70, linda como só um verdadeiro anjo pode ser, e ela acentiu, deve ter percebido que agradecia da única maneira que me era possível!

Passei 3 semanas acamado, não conseguindo falar durante pelo menos metade desse tempo. A única visita regular que tinha foi Joana, que me chegava assim que a hora de visitas começava e só abandonava o meu quarto quando essa terminava ou alguém me vinha visitar. Assim que consegui falar fomos tendo conversas longas e diversicadas e assim que sai do hospital convidei-a para Jantar, passado uma semana namoravamos. Esta relação já durava à 3 anos e eu estava tão feliz quanto me era possível e acreditava que Joana poderia realmente ser “aquela”, mas um fado diferente estava traçado!

Após procurar nos arredores do tribunal pelo “Flôr de Outono” – café onde Pedro estaria à minha espera – decidi telefonar-lhe.

domingo, 28 de março de 2010

Poema obscuro na escuridão

Poema obscuro na escuridão,
Dá-me a luz do teu ser,
Faz-me ajoeilhar de gratidão,
Pela inspiração de escrever!

Quantos dos teus versos,
Teram sido pensados,
Com base em livros controversos,
Pela inquisição queimados!

Entrei na guerra perdida,
Já a sabendo derrotada,
Pois serei soldado da vida,
E tu a minha espada!

Poema obscuro na escuridão,
Mostra-me a luz no teu saber,
Eu serei o teu escritor,
E isso ajudar-me-a a crescer!

Irei para a batalha,
Com apenas um sentimento no coração,
Nunca depor a minha espada,
Sempre glorificar a minha nação!

Serei poeta como Pessoa,
Amante como Camões,
Usarei a minha poesia,
Para tocar nos corações!

Passarei pelo deserto,
Mas com fé e humildade,
Porque há sempre um poema por perto,
Para dignificar a humanidade!

Poema obscuro na escuridão,
Maneira de amar e criticar,
Terei sempre dedicação,
Para mais e melhor criar!

sábado, 13 de março de 2010

Batalha

Sombras ao logo do caminho,
Buracos na estrada,
Olhos brilham no escuro,
Eu agarro a minha espada.
"Noite" é o seu nome,
Feita de aço duro como um Deus,
Misericórdia desconhece,
Mas sempre me protegeu!

Ao longe vejo a cidade,
Qual brilho fumegante,
Afasto-me a passos largos,
Desta estrada frustrante.
Sou perseguido,
Por um cavaleiro negro,
Mas não sinto medo,
Pois sei que chegarei,
Ao meu destino bem cedo!

Poderei não conhecer,
Em vida a vitória,
Mas estará cá a minha espada,
Que conhecerá a história!

O sol por fim aparece,
Com ele a vida retoma,
A luz ao fundo da estrada desaparece,
E mais experiência soma!
Somei o calor do sol,
Com o frio da minha espada.
Conquistei-te o coração,
Minha donzela aprisionada,
Prisioneira de um batalhão,
Chacinado com a minha espada!

Precisa haver a noite,
Para permitir o sol nascer,
Pois da morte nasce a vida,
E na vida vejo o meu amor crescer!

Aqui deponho minha espada,
Neste reino imaginário,
Para ajudar nesta batalha,
Cheguei eu,
O soldado solitário!

Noite - de seu nome,
Para permitir o dia de amanhã,
Farei da dor minha mãe,
E da alegria minha irmã!

terça-feira, 2 de março de 2010

Velha Juventude!

No glamour da idade,
Fizeram a sua contribuição,
Contribuiram para a sociedade,
E iniciaram a reflexão!

Novas familias foram criadas,
Uma nova mentalidade,
Resistiram à ditadura,
Sucubindo à idade!
Agora idosos,
Sofrem na pele o abandono,
Nos lares numerosos,
Esperam o grande sono!

Tentaram à sua maneira,
Deixar marca neste mundo,
Sentiram a felicidade,
O prazer e agora o medo,
Daqueles que outrora,
Partiram demasiado cedo!

Vocês foram a fonte,
Da sabedoria popular,
E aquando da vossa morte,
Essa sabedoria irá acabar!

Os meus pesâmos aos que ficaram,
A ver os amigos morrer,
Mas uma familia deixaram,
E viram netos crescer!

À velha juventude,
Última etapa da vida,
Vem ao longe a luz...
... esperam que seja a saída!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Lusitanos

Lutamos contra o mouro,
Espanhol e francês,
Defrontamos de frente o touro,
Recebemos bem o freguês!
Fomos império grande e glorioso,
Das américas ao Japão,
Defrontamos diariamente,
Um governo glutão!

Apelo a todo o Lusitano,
Português, tuga,
Vamos passar um pano,
Apagar esta ruga!
Glorificar o que nos resta,
Do alto minho aos Açores,
Expulsar o que não presta,
Muitas vezes chamados "investidores"!

Remodelar um Algarve,
Dependente de visitas,
Saciar o Alarve,
Sem Fo**r as vistas!
Tornar de novo,
O nosso Alentejo,
Numa grande quinta,
Abaixo do rio Tejo!

A todo o Lusitano,
Que nessas andanças mora,
Levantem os punhos,
Não permitam que o nosso Portugal morra!

"Heróis do mar,
Nobre povo,
Nação valente,
Imortal,
Levantai hoje de novo,
O esplendor,
De Portugal!"

Pois entre as brumas da memória,
Oh Pátria serviremos de tua voz,
Mostraremos a todo o mundo,
Que este império não morreu nos nossos avós!

Aguentamos uma ditadura,
Marcada pela opressão,
Só para nos colocarmos de novo,
A ouvir a mesma canção!
Mas isto irá acabar,
Na nossa geração,
Pois iremos lutar,
Até à morte pela nossa nação!

"Às armas, às armas,
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas,
PELA PÁTRIA, LUTAR,"

Acredito em nós,
Na nossa capacidade,
Retornar Portugal,
Numa grande comunidade!
Civismo e empreendimento,
Educação e dedicação,
Marcharão lado a lado,
Ao iniciar a revolução!

Eu irei na infantaria,
Como líder, ou liderado,
Espalharei por todo o mundo,
O meu Portugal amado!

Oh musa!

Não aguento mais fingir,
Que nada mudou,
Procuro sorrir,
Quando acompanhado,
Há que seguir,
Ser, não mais o coitado!

Irei ler e reler,
A tua carta de amor,
Usar a inspiração,
Para ultrapassar a dor!

Atingi um porto seguro,
Com novas amizades,
Companhias sólidas,
Fundamos uma irmandade!
A inspiração continua contudo,
Agarrada a um passado,
Que embora feliz,
Foi apagado!

Como qualquer poeta,
Preciso da minha musa,
Usar a minha imaginação,
Para mudar a realidade optusa!
Criar e aperfeiçoar,
Novas rimas e quadras,
Treinar até suar,
Percorrer novas estradas!

E se mesmo assim,
A inspiração me falhar,
Eu sei que no fim,
Terei sempre onde voltar!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Balanço 2009/Objectivos 2010

Como todos os anos costumo fazer, este não foi excepção, como tal fiz um balanço do ano que passou, e infelizmente voltei aos balanços negativos, não tendo cumprido nenhum dos meus objectivos propostos;

Quanto ao ano em que entramos hoje, para já os meus objectivos são:

1. Regressar à universidade, para a área que sempre me atraiu e para a qual os meus testes pisicotécnicos me apontaram inicialmente - Direito - ou então Desporto, ainda tenho de ver bem as coisas;

2. Aumentar a minha média da Secundária, realizando diversos exames para melhoria de nota, sendo que o mínimo aceitável que eu defini foi 15 valores nos mesmos!
-> Filosofia -> 15 para cima;
-> Inglês -> 18 para cima;
-> Português -> 15 para cima;
-> Matemática -> 16 para cima;
-> Físico-Química -> 15 para cima;

3. Começar realmente a treinar, sendo que isso implica flexões antes de deitar e ao acordar, e corrida - distância aleatória - diária!

4. Ler 2 livro por mês - mínimo!

5. Criar o meu próprio website com programação basicamente minha!

6. Não beber alccol, tirando nas seguintes ocasiões - mesmo assim se possível a evitar:
-> Aniversários;
-> Casamentos;
-> Almoçaradas/Jantaradas;

7. Aprender a meditar;

8. Tornar-me numa pessoa mais "fria" - seja, falar menos, apenas falar para quem me dirige a palavra, e deixar-me daquela treta do estar sempre com um sorriso na cara;

9. Tirar a carta de condução;

10. Fazer um inter-rail pela Europa/América de duranção mínima de Duas semanas, quer acompanhado quer sozinho!

11. Aprender a tocar guitarra e comprar a minha própria guitarra;

12. Arranjar o Portátil;

13. Comprar um PDA - Personal Digital Agenda;

14. Arranjar pelo menos mais 3 novos amigos - e quem me conhece sabe o que isso significa para eu dizer amigos!

15. Ganhar "colhões" para dizer "aquela" pessoa o que realmente sinto, tentando SEMPRE preservar a amizade, aconteça o que acontecer;

16. Retomar contacto com a minha primeira namorada e até quem sabe, amizade;

17. Enviar os meus poemas para pelo menos 5 editoras diferentes;

18. Escrever mais 15 poemas pelo menos;

19. Completar as duas colecções de livros que tenho a "meio";

E bem, deve haver pelo menos mais umas 5 tretas que quero fazer mas agora não me recordo, se me lembrar e já for com uns dias de diferença crio um novo post!

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