sábado, 24 de julho de 2010

Demónio taciturno

Ó coração abafado,
Que me levou um dia,
Ao ponto extremo da alegria,
Que se escreve num fado.

O que foi que aconteceu,
Para um dia te perderes,
Amaldiçoa quem quiseres,
Nesse pedido teu.

Escondo-me num cantinho,
Num movimento suave,
Que numa nota grave,
Se escreve o corridinho.

Tudo era para ser eterno,
Era esse o meu desejo,
Mas sem um último beijo,
Fui do céu ao inferno!

Meu amor,
Onde foi que nos perdemos,
E o que dizemos,
A quem hoje, só nota dor!

Mil melodias ouço,
Para tentar esquecer,
Mas, com o medo de perder,
Luto sem esforço!

Todo o caso diurno,
Nas berma de um café,
Perece a fé,
De um demónio taciturno.

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