quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Londres 2011

Vejo um deserto,
Construido em betão,
Mas ao olhar mais de perto,
Já só vejo destruição.
Vieram de todos os lados,
Não importa a classe social,
Destruíram e roubaram,
Num comportamento animal.

A grande cidade,
Coração da nação,
Ruiu como baralho de cartas,
Num ambiente de revolução.

Forças de segurança,
Incapazes de controlar,
Um motim como não há lembrança,
capaz de tudo, inclusive matar.

Em momentos a calmaria,
Reapareceu para dar esperança,
E no meio da porcaria,
Esquece-se o alvo da vingança.

Será este o fado,
da raça humana?

Destruir e matar,
roubar e possuir,
Sobrevivemos entre momentos,
Até de novo.... o baralho ruir!

A minha memória

Guardo memória,
De quando te vi,
No meu ADN ficou gravada a história,
De tudo o que senti.

Memória do momento,
Em que o meu olhar em ti pousou,
Tal como um bombista,
O meu coração rebentou.

Momentos que passam,
Mas deixam um rasto de saudade,
Guerras de campo,
No centro da cidade.

Não existe história,
Que não dê para recriar,
Arma ou ameaça,
Que me faça recuar!

Numa palavra tão portuguesa,
Que é "saudade",
De tudo o que ficou sobre a mesa,
Só faltou a minha sanidade.

Não te prometo loucuras,
Apenas muita estupidez,
Eu não vivo nas alturas,
- comigo apenas tens o que vês!

Perdoa-me senão sou capaz
De esquecer o nosso passado,
Mas o que ficou para trás,
Para mim foi algo inacabado.

Rimas de amor,
Passagens de uma história,
Fica aqui escrito,
A minha versão....
.... a minha memória!

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