segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Volta atras

Descreves um só movimento,
Suficiente para me aquecer,
Luto contra o esquecimento,
E o medo de te perder.
Nos teus lábios,
Encontro o paraíso,
Que aspiro,
mas não tenho.

Vem mexer com a neve,
Que cobre o chão,
Ter aquilo que ninguém teve,
Ter o momento de inspiração.
Mas tudo fica no momento,
Em que mais não fui capaz,
Mas agora estarei atento,
Não vá o tempo,
Voltar atrás!

domingo, 22 de agosto de 2010

Ergue-te e luta cavaleiro

Luta bravo cavaleiro,
Por um destino só teu,
Enfrentado o dragão,
Numa época distante.
Em que a honra fazia o campeão,
Luta bravemente o cavaleiro,
Pelo seu reino.

Reina distante o rei,
Do sofrimento do povo,
Humilha-se por pão,
Rebaixa-se e acumula,
Uma raiva silenciosa,
Suplicante por socorro,
Vontade escrupulosa,
Com a força de um touro.

Entra avante cavaleiro,
Nesse quadro mal pintado,
E com a habilidade dum carpinteiro,
Liberta o povo prisioneiro,
E dita-lhes um novo fado.
Saúde e coragem,
Numa só voz,
Força e camaradagem,
Neste país dos nossos avós.

Ergue-te cavaleiro,
e caminha de queixo levantado,
Pois hoje somos nós o povo,
E escrevemos o nosso próprio fado.
Dita ao povo o novo fado

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Teorias

Ajoelho-me aos pés da cama,
Calmamente, levo o meu tempo,
Peço saúde e coragem,
Peço força para aquele momento.
Mais um dia foi lançado,
No tabuleiro de uma criança.
Que outra razão poderia ter,
Para tombar assim a balança?
A fertil imaginação,
E os medos terriveis,
Porque ser adulto?
E esperar uma morte calma?
Quando fui criança alegre,
Procurava unicamente brincar com alma.
Não censuro, mas critico,
pois também sou criticado,
Procuro ser feliz,
E não, mais um coitado.
Tenho na minha mente,
Fortes teorias formadas,
Que embora falsas,
me ajudam a construir estradas,
Caminhos para a infância,
Onde fui rodeado,
Pel'aquela certeza:
"A imaginação era o cavaleiro,
E o futuro, a princesa!"
Terminada a oração,
Ergo-me confiante,
Luto com o coração,
Que procura ser amante!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Perdidos na imensidão

Tenho saudades do teu toque,
Do teu doce sabor,
Desse teu humor,
Que me levantava a moral.
Não passava de uma criança,
Quando estava contigo,
Ser livre e sem preocupação,
Quando juntos,
Só seguia a voz do coração,
A doce e nobre vontade,
Associada a este enorme desejo,
Tornando em mera saudade,
Do sabor do teu beijo.

Amizades e paixões,
Não completam o ser,
O forte batoque dos corações,
De quem queria ter.
Seres minha e só minha,
Não foi uma miragem,
Mesmo sem controlo sobre o tempo,
Já foi realizada a viagem.
Perdidos na imensidão,
Da realidade atingida,
Levamos em consideração,
A distância percorrida.

Duas promessas foram feitas,
Mas apenas uma cumprida,
Levado pela vontade,
De sarar a ferida,
Já não te quero hoje,
Apesar de tanta saudade,
Após as feridas saradas,
Estou pronto por fim...
... posso percorrer novas estradas!

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