segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sonho de Infância

Sonho de ser bombeiro,
Soldado da liberdade,
Dos anjos o primeiro,
Desde tenra idade!
Professor de uma escola,
Director de um museu,
Futebolista profissional,
Mas então cresceu!

Sonhos de infância,
estragados pela realidade,
Uma vida condicionada,
Pelas obrigações na sociedade!
Indecisão para o futuro,
Caminhar ou correr,
Tentar fazer de tudo,
Mas acabar por falecer!

Padecemos ao mais breve dos instintos,
Sobrevivemos ao ser quebrado,
Amor grande e caloroso,
O desejo de ser amado.
Desde pequeno o sonho,
Adorado pelas massas,
Como poeta enfadonho,
Proclamando poesia nas praças!

Glória da infância,
Dos sonhos de outrora,
Mas quem nunca sonhou,
Ser um conquistador de glória.
Velhos tempos, antigos,
Templos por explorar,
Lutar contra um dragão,
E princesas para salvar.

Quando arrasados,
Pelo tornado da paixão,
Deixamos a infância de lado,
Para - cegamente - seguir o coração.
Tudo isso com o passar dos anos,
Nos deixa nostálgicos,
Da magia do sonho,
De ter poder mágicos!

Agarramos a mãe,
Ao vê-la lentamente a padecer,
Perguntamos "PORQUE?" a Deus,
Quando vemos gente amada a sofrer.
Refugio na infância,
Criamos o nosso mundo feliz,
Só tu e eu,
E a infância será o nosso país!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Porcelana

Perdoa-me senão estou ao pé de ti,
Perdoa-me se te abandonei,
Mas não aguentei a pressão,
Por isso te deixei.
Nunca te quis magoar,
E por isso sinto uma forte dor,
Mas irei-te sempre amar,
Irei-te sempre tratar com amor!
Leias a poesia que leres,
A fala que escutares,
Estou sempre a pensar em ti,
Mesmo que não dei-a ares!

Sei que fui fraco,
E como fraco quebrei,
Na minha mente fui honesto,
Mas para ao meu coração falhei,
Terei pecado por escassez,
Apesar de todos os presentes,
Acabei com tudo o que tínhamos,
Não pensei nos precedentes!

Contudo hoje dizes-te feliz,
E isso é tudo para mim,
Desejo-te a vida,
A alma e a razão,
Leva sempre erguida,
A vontade do Coração.
Serás minha amiga,
Minha irmã,
Nunca deixarás de ser para mim,
A minha amante,
Por mais distante!

Hoje penso em ti com todo o carinho,
Mas devo-te um pedido de desculpas,
Fui adolescente, fui infantil,
Assumo todas as culpas,
E admito que fui imbecil.
Quero a tua amizade,
E tudo o que ela representa,
Quero poder saber que se chorar,
Poderei o fazer na tua presença!

Obrigado minha porcelana,
Agora sabes que este foi para ti,
Porque foste a minha primeira,
A primeira a quem sorri.
Já não voltaremos a ter,
Aquele amor adolescente,
Mas fico feliz por saber,
Que cresces-te contente!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cupido

És anjo rosa e arqueiro experiente!
És o mensageiro do amor,
Mas disparas aleatoriamente,
Não procuras quem aguente a dor,
De um fogo surgido interiormente!
És o culpado da causa perdida,
A imagem do amor eterno,
És causa da velha ferida,
Retratada pelo poeta romântico,
És criação da loucura desmedida,
És perdão que atravessa o Atlântico!
És culpa da perda,
De alguém que não nos é nada,
És o grande porta-voz.
Da nossa causa desenfreada!
Uma e outra vez insistes,
Em fazer de mim um alvo,
Disparas com toda a calma contra mim,
E não vês, na dor um entravo.
Prometes-me mundos sem fim,
Nos braços dela cobertos,
Pelo mais suave manto de cetim,
Mas gozas com os momentos,
Em que lhe digo "amo-te",
Parece que uma explosão ocorre,
No fundo do meu ser,
E a poesia corre,
Sem destino, sem saber.
Levas-me a ultrapassar as barreiras mais básicas,
Linguísticas ou culturais,
Só para esbarrar,
Contra momentos estruturais!
Eu culpo-te a ti,
Por todo o sofrimento que passei,
Mas adoro-te como anjo,
Por todo o amor sentido,
Embora goste de pensar com cabeça e coração,
A tua seta faz-me escolher um partido,
E com o coração falo,
"Amo-te",
E então serei para ela,
O seu príncipe a cavalo!

sábado, 1 de maio de 2010

Nós

Tocaste-me na alma com o prestigio da tua canção,
Inspiraste-me o dia, a noite e a alvorada,
Devolveste a calma aclamada pelo coração,
Tudo isso no sabor dos teus lábios!
Hoje reconheço o que perdi no passado,
Reconheço que te quero no presente,
Preparo um futuro em conjunto,
Fortaleço a tua doce imagem na minha mente!

Procuro criar a música do amanhã,
Com os pensamentos presos nos passados próximos,
Mas distrai-me com os pequenos movimentos,
Aquando do teu corpo nos momentos máximos!
As covinhas da tua face morena,
Aquando do riso livre e espontâneo,
Com um brilho forte e alegre,
Das nossas frases em simultâneo!

Convivendo diariamente com terceiros,
Sempre à espera da hora tão aguardada,
Desejar constantemente pelos primeiros,
Aqueles doces momentos da alvorada!
Na doca, na praia ou à mesa,
Abraçados como se não nos víssemos à dias,
Sempre ponderando sobre a próxima proeza,
Que este amor realizará,
E se nos dará muitas mais alegrias!

Temos ambos a nossa história pessoal,
Com amores antigos e alegrias passadas,
Momentos em que já fomos um verdadeiro animal,
Mas tudo se resume ao presente!
Agora passamos dias a sonhar com o que ainda vem,
Porque este mundo é único mas duro,
Noites acordados, nunca menos,
Mas nós... seremos o seu futuro.

Deixo-te aqui um pedido saliente:
"Aguenta o meu passado que aguentarei o teu,
Vive este amor como base do teu presente,
Programa o teu futuro como nosso, nunca como meu,
E vive feliz e sorridente a todo o momento,
Por mais que pareça impossível esta história,
Lembra-te que terás de passar pelo campo de batalha para receber a glória!"

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