domingo, 26 de dezembro de 2010

Invejo-te a frieza

Invejo a tua frieza,
A maneira como lidas com a dor,
Desligas os sentimentos,
Como um televisor,
Atiras-te a um novo sonho,
Como se o fosse toda a tua vida,
Desistes de ligações passadas,
Sem sofrer qual ferida.
Abandonas todos os que contam contigo,
Num capricho estúpido e infantil,
Queimas fotos e lembranças,
E lidas como se tudo fosse uma história,
Fantasia com final feliz,
Mas que acabou,
E só, só a realidade sobrou!
Receias cometer erros,
Que outros cometeram,
Dando passos para a solidão,
És tu e só tu,
Que crias a tua prisão.
Não serei guarda,
Nem agente condicional,
Estive aqui quando precisaste,
Mas mesmo agora,
Eu não desapareci,
Tenho a minha personalidade,
Agarro-me sempre ao passado,
Sonhos grandes e impossíveis,
E heróis, lideres e ditadores,
Mas no teu beijo vivia o futuro,
E agora nas tuas fotos nada mais que o passado.
Vive uma boa época,
Que marcava a nossa diferença,
Adorar a hipocrisia e abundância,
E dizer que é época de alegria!
Feliz natal!

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