sábado, 23 de maio de 2009

Aldeia

A caminhar ao longo da rua,
Como se não tivesse um fim,
Metáfora com a vida,
Após o grande SIM.
Afirmação dita num momento de paixão,
Cria uma prisão no ser,
Torna a traição um pecado maior,
Mais grave, mais exposto.
Ao redor, todas as janelas abertas.
à procura de uma falha,
De algo que satisfaça esta gentalha,
Em que o ponto alto do dia,
É a fraqueza de outrem.

Uma falha cria uma sentença,
Sem perdão ou liberdade condicional,
Cria um rumor,
Que nesta aldeia dura da pascoa ao natal.
Felicidade? Pouco importa,
Desde que os outros não a tenham.
Toda a alegria tem um senão,
Todo o apoio uma falha,
Todo o muro uma pedra solta,
Num dia sorrimos...
... no outro vemos a família a desvanecer.
Como se um nevoeiro se levantasse!
Onde antes havia sol,
Hoje apenas uma neblina pesada!

Nova metáfora para a vida,
Como se isso ajudasse,
Como se a inveja não importasse.
Um dia sem importância,
Contudo, toda a importância.
Só vivemos um dia,
O ontem já lá vai,
O amanhã ninguém prova que existe.
Como uma vidente,
Que prevê a morte...
... única certeza do nascimento!

Escrita obscura? Talvez...
Mas não significa coração negro,
Apenas um desabafo,
Algo para ocupar a mente,
Tentando evitar ser apanhado pela aldeia,
Coscuvilheira, bisbilhoteira, curiosa,
Começa na jovem até à idosa,
Que se queixa sempre da vida,
Mas que nunca pensa,
Naquela vida que não foi vivida,
Pela sua intromissão!

domingo, 10 de maio de 2009

Sem Destino - Capitulo 1 - Mais um dia - PARTE II

Eu!? Eu sou um rapaz de 1,76m com olhos castanhos e cabelo castanho escuro, estudante universitário de Engenharia das Energias Renováveis, em pequeno tinha praticado diversos desportos, apesar de não ter seguido nenhum com mais dedicação, entre o futebol e o Karaté até às aulas de órgão nada me tinha motivado. Há uns anos atrás tinha tido duas lesões distintas que me tinham de certa forma colocado de lado na pratica do desporto, a 1ª num treino de andebol ao defender um remate de um colega de equipa torci o pulso esquerdo e a segunda, um pouco mais grave, que num jogo de futsal ao sair da baliza para tentar interceptar uma jogada tinha levado com uma pancada no joelho por parte do outro jogador, nenhuma dessas lesões me conseguiram persuadir a ir ao médico, algo que parecia ter uma fobia extrema. Desde essa altura só voltei a jogar desportos colectivos com colegas da universidade ou amigos e família.
Pi... piiiiii.... piiiiiiiiiiiii.... O telemóvel começa a tocar, pego nesse e reparo numa mensagem não lida, era Pedro a informar que já se encontrava à frente do tribunal e que a sessão iria começar meia-hora mais tarde, para se me fosse possivel passar pela livraria e comprar o Correiro da Manhã, porque lá tinha uma reportagem sobre nosso caso. Pedro precisava dos meus conhecimentos literários, eu adorava ler, lera os Maias em apenas 6 dias e desde essa altura que sempre que tinha um livro novo tentava superar-me por pior que esse fosse, o meu "record" pessoal estava em 12h um livro de 610 páginas. No verão passado lera algo sobre a Antartida e tinha feito umas investigações pela Internet e na Biblioteca Nacional de Lisboa e apesar de não ser nenhum especialista tinhas os conhecimentos básicos para safar o mais recente cliente de Pedro. Dr. Reinaldo Joaquim Antunes era um homem de estatura baixa e fraca, possivelmente provocada pelos seus 89 anos, era careca mas com barba branca e longa, historiador contratado pelo antigo regime por volta de 1962 para investigar um documento descoberto em Angola, mais propriamente em M'Banza Kongo, provincia de Zaire, no norte de Angola por John Doe, Sul Africano em expedição organizada com consentimento do regime português! Este documento nunca virou conhecimento público e o governo Português nega a sua existência, contudo o Dr. Antunes afirma que no mesmo se encontra a verdadeira história dos descobrimentos e também do desaparecimento de Antartida, segundo o Dr. um grupo de homens a mando do governo tinham tentado assasinalo para evitar a divulgação das mais recentes descobertas, contudo esse tinha conseguido fugir e exilara-se na Argentina, tendo regressado com os seus 80 anos para Portugal e tentado aceder à Biblioteca Nacional, desde então encontrava-se preso e constantente a mudar de advogado à procura de autorização para apesar de preso ter acesso à Biblioteca. É ai que eu entro...

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