domingo, 12 de maio de 2013

As rugas de uma criança!

Escrevo aqui porque é o meu blogue, onde posso escrever o que me apetecer e onde raramente o pessoal vem para ler. Escrevo porque encontro uma necessidade infantil de registar momentos, para me auto-avaliar daqui a uns tempos. Escrevo porque cheguei a uma encruzilhada na minha vida e pela primeira vez estou realmente sozinho para tomar as decisões, e sinto-me um cobarde e um hipócrita  Sou capaz de avaliar a vida dos meus amigos e dar conselhos, mentira, "mais" que conselhos opiniões, e contudo incapaz de me decidir quanto a minha vida.
Hoje posso afirmar - ausente de orgulho - que me tornei numa pessoa desprezível, alguém que não quero ser, alguém que não quero dar a conhecer e alguém que não quero passar nem aos meus irmãos, nem posteriormente a descendentes!
Estou noventa porcento do meu tempo a queixar-me, ou a criticar terceiros, quando na realidade eu não consigo fazer melhor. Falhei por querer ter tudo, saber tudo, ser o melhor em tudo, acabando por ser incompetente na maioria das coisas. Futuro na área de informática não tenho, nunca tive as verdadeiras capacidades para a área, gestão será mais a minha área. Sou trabalhador e tomo muito orgulho no meu trabalho, quer goste ou não do que faço, mas falho por não me conseguir focar nisso! Quero mais e melhor, quero universidade, quero um futuro - não que me possa orgulhar, mas que me possa gabar! E isso, isso não sou EU, não é a pessoa que quero ser.
Desde pequenos que nos dizem que dizer a verdade é sempre o melhor caminho. Contudo ninguém nos ensina que nem todas as verdades devem ser ditas.

Sou inflexível, tendo um sentimento de honra fora da realidade, seguindo - como uma "amiga" dizia - «My own set of rules!». Não me saí da memória "aquela pessoa", por mais variadas namoradas que tenha e tudo por uma promessa "Não serás #mais uma". O falhanço na universidade, e a falta de apoio que senti do lado da minha família quando precisei, e sei que apesar de família, não posso contar com eles para me levantar.
Sinto-me em baixo, e ultimamente tenho pensado no pensamento de desistir. Para já ainda acredito numa das minhas máximas.... "A vida não teria piada senão existissem problemas para resolver". Há que parar e ver as coisas do lado de fora da caixa. Estou aqui, tenho isto e quero aquilo. E resolver da maneira que sei melhor, da maneira matemática, uma equação de cada vez. Porque qual fracção, a vida é composta por variáveis e enquanto não tivermos um valor para x não teremos a resposta à pergunta. Novamente, como numa equação a vida tem ser pensada passo a passo e quando o resultado a que chegamos não é o esperado, não se deve apagar as contas todas, mas apenas voltar atrás até ao momento que tomamos a decisão errada e fazer a equação correcta. Tentando múltiplas vezes, se necessário.

"Roma não foi feita num dia".

Trabalho numa fábrica, rodeado de pessoas que não gosto e que tão pouco gostam de mim, num país estrangeiro que a única coisa superior que têm em relação ao meu é a vertente monetária e que em tudo o resto é inferior! Sinto falta do meu grupo de amigos, sinto falta dos meus irmãos. A internet facilita a comunicação e graças a Deus que existe, mas não consegue apagar o sentimento de distância, nem este sentimento tão português que é a Saudade!

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