sábado, 23 de maio de 2009

Aldeia

A caminhar ao longo da rua,
Como se não tivesse um fim,
Metáfora com a vida,
Após o grande SIM.
Afirmação dita num momento de paixão,
Cria uma prisão no ser,
Torna a traição um pecado maior,
Mais grave, mais exposto.
Ao redor, todas as janelas abertas.
à procura de uma falha,
De algo que satisfaça esta gentalha,
Em que o ponto alto do dia,
É a fraqueza de outrem.

Uma falha cria uma sentença,
Sem perdão ou liberdade condicional,
Cria um rumor,
Que nesta aldeia dura da pascoa ao natal.
Felicidade? Pouco importa,
Desde que os outros não a tenham.
Toda a alegria tem um senão,
Todo o apoio uma falha,
Todo o muro uma pedra solta,
Num dia sorrimos...
... no outro vemos a família a desvanecer.
Como se um nevoeiro se levantasse!
Onde antes havia sol,
Hoje apenas uma neblina pesada!

Nova metáfora para a vida,
Como se isso ajudasse,
Como se a inveja não importasse.
Um dia sem importância,
Contudo, toda a importância.
Só vivemos um dia,
O ontem já lá vai,
O amanhã ninguém prova que existe.
Como uma vidente,
Que prevê a morte...
... única certeza do nascimento!

Escrita obscura? Talvez...
Mas não significa coração negro,
Apenas um desabafo,
Algo para ocupar a mente,
Tentando evitar ser apanhado pela aldeia,
Coscuvilheira, bisbilhoteira, curiosa,
Começa na jovem até à idosa,
Que se queixa sempre da vida,
Mas que nunca pensa,
Naquela vida que não foi vivida,
Pela sua intromissão!

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