Sem rumo certo,
procuro por onde ir,
navego num deserto
Onde não restam forças p'ra sorrir.
Falsidade expresso na face,
Que dizes tão bem conhecer,
Sorris e dizes que me adoras,
Sem na realidade saber.
Carregas a carga em mil contentores,
Fachadas de metal,
Cresce a dúvida interior
no contentor de papel
onde antes havia paixão,
Já só encontras dor.
Desenhas na tua imaginação,
Um romance lírico,
rescreves a canção,
na forma de poema satírico
Metes sempre o mesmo vilão,
Que te corroeu a esperança,
O antigo dono do teu coração
que ainda te prende a vida
E hoje.... hoje já não permites fiança.
Trabalho toda uma vida,
por um dos nossos momentos,
Mas para uma vida de trabalho,
um só momento dedico,
Descanso sobre o suor,
Planto e semeio com vinco,
observo os calos,
e como crescem irregulares,
fruto de um trabalho desgastante,
A psicologia dos pares,
Mas deito-me alegre e feliz,
Revendo-me no trabalho contaste,
Pois cada pinga de suor
- fervor quase religioso, -
Sei que luto por uma jóia,
Tu - O "meu" diamante prodigioso.
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