segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Boas festas

Para quem não me conhece... eu odeio o natal, é alias a época do ano que menos gosto...
Até hoje apenas uma pessoa sabe a verdadeira razão deste meu dito "ódio" pelo natal, mas como sempre fiz - desde à uns 8 anos pelo menos - chegada esta altura costumo escrever uma mensagem mesmo minha de boas festas e enviar a todos os números de telefone que tenho em minha posse!
E é isso mesmo que estou a fazer neste preciso momento... Boas festas e -para os que fizerem - boa leitura, espero que gostem!




País amado,
Ao longo do Tejo tu te divides,
Ao longo to atlântico resides,
E ao longo do mediterrâneo resistes,
Ao passar dos anos,
À fraca evolução,
Aos estrangeiros,
Cuscos, bisbilhoteiros.

Só na tua gente encontrarás,
A esperança, força e capacidade,
Para tornar esta cidade,
Num país grande e forte,
Valores mais altos sempre se levatarão,
Mas é da tua gente que vem o pão,
Que alimenta estes valores,
E dá força e resistência à nossa crença.

Creio num país antigo,
Que respeita os seus e os outros,
Um país que apesar de pequeno,
Deu o mundo a conhecer,
Descobriu caras pretas e amarelas,
Conquistou as vermelhas,
Nas suas caravelas.

Navios fortes e vistosos,
Nesses se escreveram livros gloriosos,
Tivemos Camões, Pessoa e até Amália,
Mas a nossa flor não é de longe a Dália,
Mas sim o cravo,
Vermelho como o sangue derramado,
Pelos soldados do passado,
Que permitem esta crença.

Tradição remota,
Passada de geração em geração,
Pode vir carro, vir mota,
Que estará no nosso coração.
Alma Tuga com certeza,
Palavreado das ruas,
Temos na justiça a nossa tristeza,
Mas no futuro a alegria,
De mais um dia,
De esperança e glória,
Porque todos os anos que passam são vitória,
Sobre os nossos pesadelos,
Todas as nossas conquistas,
Por mais pequenas e inglórias,
Escreveram a nossa história.

Nestas quadras festivas,
Deixo por este meio um apelo,
Não se esqueçam da nossa história,
Das nossas crenças e passado,
Mas também nunca se esqueçam,
Daquele pobre coitado,
Que na rua dorme,
Daquele pobre coitado,
Que não tem guito para matar a fome.
Para esses esta quadra não existe,
Apenas a dura realidade da vida,
Para esses esta quadra,
Realça e reabre uma velha ferida.

São considerados renegados,
Por nada terem,
Abandonados na rua,
E ninguém nota se morrerem.
Deem-lhes companhia,
Um sitio para ficar,
Se têm uma casa, comida e família,
Lembrem-se que existe apenas uma certeza,
O passado...
É no futuro que se verá,
Quem realmente é coitado!

Mas em nada posso forçar,
Este povo a agir,
Apenas posso tentar,
Por este meio coagir!
Este será o meu voto,
Para este natal gelado,
Lembrem-se sempre,
Que amanhã...
... Tu poderás ser o coitado!

Passa com a família esta quadra,
Mesmo que delas desgostes,
Seja com um filho,
Ou até os teus velhotes.
Mas como verdadeiro Tuga lembra-te,
Que onde cabe um cabem três,
E escrevam história,
Mais uma vez!

Feliz natal - mesmo que não te agrade,
Feliz ano novo,
Quer sejas não crente ou frade!
Eu recordei-me de ti,
E sempre o farei...
Se alguma vez te chamei Irmão,
Amigo ou amor,
Nunca de ti esquecerei,
Porque quando estas palavras prenunciei,
No meu coração te marquei!

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